PF aperta o cerco contra financiadores e participantes de atos golpistas
A Polícia Federal iniciou nesta sexta-feira (20) a primeira fase da operação Lesa Pátria, que mira financiadores e participantes dos atos golpistas ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro.
A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que expediu oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão. As ordens são cumpridas no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, e Mato Grosso do Sul.
Até o início da tarde desta sexta, cinco alvos tinham sido presos.
Deputados do PCdoB repercutiram a notícia. O líder da Bancada na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), defendeu o aprofundamento das investigações e avaliou como positivo o fato das instituições democráticas estarem “em ação para limpar do país do cancro fascista”.
“A faxina continua. Polícia Federal está em ação à caça de financiadores e participantes de atos terroristas em Brasília. STF expediu oito mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em 5 Estados e no DF”, comentou.
O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) cobrou punição exemplar para os envolvidos: “ATENÇÃO!!! CADEIA PARA OS GOLPISTAS! A PF está nas ruas cumprindo mandados contra golpistas e financiadores do atentado de 8 de janeiro. É a Operação Lesa-Pátria contra os traidores da Constituição. Cadeia neles!”.
“Ousaram tentar um golpe, foram derrotados pela democracia e agora terão que pagar perante a Justiça. A regra é clara: cometeu crime tem que ser punido”, escreveu o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) no Twitter.
O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) também usou as redes sociais para comentar a operação, ressaltando que as investigações têm “o objetivo de identificar financiadores dos ataques terroristas em Brasília”. “Existe maneira melhor de começar a sexta, do que com golpistas sendo presos?”, indagou em tom irônico.
Vandalismo em Brasília
Os atos golpistas de 8 de janeiro causaram vandalismo nos centros do poder em Brasília. Bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia foi sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.