STF pode investigar Bolsonaro por crime contra a democracia

Brasília, quarta-feira, 20 de julho de 2022 - 9:58

POLÍTICA

STF pode investigar Bolsonaro por crime contra a democracia


Por: Iram Alfaia

Sem provas, Bolsonaro acusou a existência de fraudes nas urnas eletrônicas em reunião com embaixadores. Os diplomatas deixaram a reunião abalados e temem que o presidente esteja preparando as bases para uma tentativa de golpe. Oposição pede investigação do presidente.

Wilton Júnior/Estadão Conteúdo

Os partidos de oposição (PT, PSol, PCdoB, PDT, Rede Sustentabilidade, PSB e PV) protocolaram nesta terça-feira (19), no Supremo Tribunal Federal (STF), uma notícia-crime pedindo investigação contra Bolsonaro por transgressões como ameaça ao Estado Democrático de Direito e a incitação das Forças Armadas contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, foi requerida uma apuração de possível prática de improbidade administrativa e campanha eleitoral antecipada.

Na segunda-feira (18), Bolsonaro mentiu para embaixadores sobre fraude nas eleições presidenciais de 2018 e ameaçou os ministros e o TSE. Os diplomatas deixaram a reunião, no Palácio da Alvorada, abalados e temem que o presidente esteja preparando as bases para uma tentativa de golpe.

"É absurdo que Bolsonaro convoque reunião com embaixadores para tentar vender suas teses infundadas de fraudes eleitorais e fragilidades nas urnas eletrônicas no Brasil. É inédito que o próprio presidente da República tente difamar o país no exterior", criticou o líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE).

De acordo com a colunista do G1 Andréia Sadi, aliados de Bolsonaro analisaram o encontro como um “tiro no pé” e um “vexame”. Para eles, houve ataques infundados ao sistema eleitoral brasileiro.

“Ingressamos no STF contra Bolsonaro pelo espetáculo grotesco e criminoso praticado. Atentou contra as instituições democráticas, cometeu crimes de responsabilidade, improbidade administrativa e crimes eleitorais”, escreveu no Twitter o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

“Bolsonaro é um criminoso contra o país, contra o povo e contra a democracia. Vamos agir no jurídico e na política. Democracia precisa ser defendida, sempre! As eleições vão acontecer e seu resultado será respeitado. Bolsonaro não manda na Constituição, a democracia está acima dele”, afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) disse que Bolsonaro não cansa de atacar a democracia. “Segue espalhando mentiras sobre as urnas eletrônicas, ameaçando o TSE e o STF, porque está desesperado com as eleições presidenciais”, disse.

Para o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), realizar mais um ataque ao sistema eleitoral brasileiro é a prova de quanto Bolsonaro está desesperado com resultado das eleições. “Num momento onde está acontecendo diversos casos de violência, devido à polarização política, essa ação incentiva novos casos de agressões. Facista!”, avaliou.

“Ao chamar embaixadores para ouvir mentiras sobre as urnas eletrônicas, acusando sem provas o TSE, Bolsonaro comete crime contra a soberania nacional atentando contra as instituições e expõe o Brasil a um vexame internacional”, considerou a vice-líder da oposição na Câmara, Perpétua Almeida (PCdoB-AC).

A deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) também considerou a fala do presidente um vexame internacional: “Os verbos reflexivos são aqueles que têm sua ação executada pelo sujeito e refletida nele mesmo, por isso o agente executa e sofre a ação. Se vexame fosse verbo, diria ser esse o caso mais exemplificativo da forma reflexiva na história mundial”.

“Ontem o Brasil mais uma vez foi envergonhado e agredido por ninguém menos que o ainda presidente da República. Mas o Brasil é forte e daqui a 75 dias vai vencer nas urnas derrotando o desastrado e fracassado aspirante a ditadorzinho Bolsonaro. Viva o povo brasileiro!”, disse o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).

Leia a notícia-crime aqui.









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