O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), foram diplomados nesta segunda-feira (12) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A diplomação oficializa o resultado das urnas e é condição formal para que o presidente eleito e o vice tomem posse em 1º de janeiro – que é quando o mandato começa.

Em discurso emocionado, Lula afirmou que o povo reconquistou a democracia e chorou ao lembrar críticas que sofreu por não ter diploma universitário.

“Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas, cuja confiabilidade é reconhecida há muito tempo por todo o mundo. Ameaçaram as instituições, criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação, tentaram comprar o voto dos eleitores com falsas promessas de dinheiro farto desviado do orçamento público”, afirmou.

O presidente eleito lembrou que, quando se esperava um debate político democrático nas eleições, “a nação foi envenenada com mentiras produzidas no submundo das redes sociais”.

A cerimônia no plenário do TSE contou com a presença de autoridades, representantes diplomáticos, apoiadores e aliados da chapa eleita, entre eles vários deputados da Bancada comunista na Câmara dos Deputados.

Para o líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE), o povo se manifestou democraticamente elegendo Lula, que agora vai precisar de “muito trabalho e um pouco de paciência, porque nós vamos precisar reconstruir o Brasil e remontar os serviços públicos”.

“É um dia de muita alegria. Um dia em que a gente dá um grande passo na luta contra o fascismo brasileiro. Se cada dia que passa é ainda um dia de sofrimento, de dificuldades, corte de verbas e desmonte do Estado brasileiro, por outro lado a gente sabe que é um dia a menos no desgoverno de Bolsonaro. Lula vai receber o país em condições muito difíceis”, disse.

Em suas redes sociais, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) registrou que, ao receber o diploma para governar o Brasil pela terceira vez, Lula destacou que esse documento “é do povo brasileiro”, que reconquistou o direito a viver em uma democracia.

“Um momento importante que marca o encerramento do processo eleitoral, consolidando essa vitória tão importante para o povo Brasileiro! A civilização venceu a barbárie! Vamos reconstruir o Brasil!”, escreveu no Twitter.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) frisou que o Brasil “volta à civilização” com a eleição de Lula. “Hoje é a diplomação do presidente que foi eleito com a maior votação da história e bateu o próprio recorde com 60,3 milhões de votos”, sublinhou. “Viva a DEMOCRACIA!”.

Em mensagem no Twitter, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) se referiu à diplomação como um “MOMENTO HISTÓRICO!”. Ele completou: “Em discurso forte, @LulaOficial fala que venceu graças à frente ampla formada em defesa da democracia contra um projeto de destruição nacional”.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) registrou que Lula “se emociona e chora ao citar que o povo brasileiro elegeu pela 3ª vez um homem sem diploma ao título de Presidente do Brasil”.

Na mesma linha, o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) observou: “Hoje pela terceira vez @LulaOficial recebe o mais importante diploma, aquele que é entregue pelo povo através do TSE @TSEjusbr. Viva a democracia! Parabéns, @LulaOficial e @geraldoalckmin”, tuitou.

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) disse que a emoção do presidente eleito “é contagiante”. “De um homem que lutou muito e lutará ainda mais pelos brasileiros”.

Diplomação

Lula e Alckmin foram eleitos pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) com o apoio do PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Pros, Avante e Agir.

A entrega dos diplomas ocorre depois de terminado o pleito, apurados os votos e passados os prazos de questionamento e de processamento do resultado das eleições.

Segundo o TSE, por meio da diplomação, a Justiça Eleitoral declara que o candidato eleito está apto para a posse, que é o ato público pelo qual ele assume oficialmente o mandato.