Brasília, quinta-feira, 15 de setembro de 2022 - 12:12 | Atualizado em: 16 de setembro de 2022 - 14:20
POLÍTICA
Insegurança alimentar cresce no Brasil de Bolsonaro
Por: Christiane Peres
3 em cada 10 famílias têm dificuldade em comprar algum tipo de alimento. Lares com crianças abaixo de 10 anos têm realidade ainda mais carente. Para deputados do PCdoB, Bolsonaro ignora realidade, negligencia saúde e dignidade do povo.

"Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira", diz Bolsonaro a jornalistas. No entanto, o país tem hoje 33 milhões de pessoas nesta situação. E nova etapa da pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania Alimentar (Penssan) aponta que 3 em cada 10 famílias enfrentam algum nível de falta de alimentos, sofrendo insegurança alimentar moderada ou grave. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (14), e revela ainda que em lares com crianças abaixo de 10 anos, a realidade é ainda pior.
“O Brasil de Bolsonaro passa fome. Mas ele nega. Fico pensando em qual país ele vive!?! Não deve sair às ruas, ou pior, sai e não enxerga as dificuldades da população! Bolsonaro reduziu as verbas da merenda escolar, praticamente acabou com o Programa de Aquisição de Alimentos, sendo que sabemos que em nosso país, a alimentação oferecida nas escolas, muitas vezes, é a única refeição do dia daquela criança ou jovem”, criticou o líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE).
Ele lembrou que a merenda é uma das políticas mais importantes para minimizar os agravos da falta de uma alimentação de qualidade. No entanto, hoje, só se repassa R$ 0,36 por refeição para alunos do ensino fundamental, por exemplo.
“Pelo aumento do preço da comida, muitas escolas substituíram o arroz, feijão, o frango, por biscoito e suco. Com inflação galopante, comida cara e desemprego esse cenário de fome tende a piorar. Precisamos de um governo preocupado em colocar comida no prato do povo, que estruture políticas de geração de emprego e renda”, afirmou o parlamentar.
O deputado Daniel Almeida (BA) também criticou a ausência de políticas voltadas à redução da fome no país e apontou o perigo da falta de alimentos de qualidade em fase crucial de desenvolvimento, como a infância.
“Jair é irresponsável por não garantir o direito humano dessas pessoas e também por uma geração inteira de cidadãos em sub ou desnutrição. Ele negligencia a saúde e a dignidade do povo”, afirmou.
Considerando também a insegurança leve, são 125,2 milhões de pessoas com preocupação sobre a disponibilidade de alimentos, com algum grau de indisponibilidade dos mesmos ou passando fome – ou seis em cada dez famílias brasileiras.
Além do grande número de atingidos pela fome, os pesquisadores constataram que o problema se agravou após a pandemia, com queda na renda das famílias e aumento do custo de vida.
Segundo o levantamento, as famílias com renda inferior a meio salário-mínimo por pessoa estão mais sujeitas à insegurança alimentar moderada e grave.
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