O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse neste domingo, 1º de Janeiro, anunciando as primeiras diretrizes do novo governo, como a retomada de uma política de desmatamento zero, investimentos para retomar políticas públicas, entre elas na indústria, e o fim do teto de gastos do setor público.

Entre as medidas anunciadas por ele estão a revogação de decretos que aumentaram o porte de armas e o reforço de políticas públicas para acabar com a fila no INSS e aumentar os investimentos em saúde e educação.

“O SUS é provavelmente a mais democrática das instituições criadas pela Constituição de 1988. Certamente por isso foi a mais perseguida desde então, e foi, também, a mais prejudicada por uma estupidez chamada teto de gastos, que haveremos de revogar”, disse.

Lula assinalou que já ficou provado que um representante da classe trabalhadora pode promover o crescimento econômico de forma sustentável, com participação popular. Ao mencionar o desmonte das políticas públicas promovida pelo governo anterior, anunciou a recomposição do orçamento e dos investimentos públicos.

A solenidade de posse foi acompanhada por uma multidão, que partiu das mais longínquas localidades do país para presenciar esse momento histórico. Considerando as confirmações de todos os níveis, de embaixadores a presidentes, cerca de 120 países também estiveram representados.

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), ressaltou a repercussão internacional da posse, acompanhada por quase 70 chefes de Estado ou de governo e ministros.

“Não é uma vitória só do Lula. É uma vitória da democracia. Por isso, ela é festejada no mundo inteiro. Isso mostra a expectativa que o mundo estava vivendo com a eleição aqui no Brasil, pelas importâncias política, econômica e natural que o Brasil tem e as riquezas que ele possui”, avaliou.
  
Para o líder da Bancada comunista, com a entrada do novo governo, "o presidente terá o desafio de reconciliar o Brasil, unir forças para tirar o país do buraco em que se encontra''. "Acabar novamente c/ a fome, melhorar a vida das pessoas e de distribuir renda. Esse é o desafio que está colocado nas mãos do presidente Lula, em quem confiamos para melhorar a vida do povo brasileiro", escreveu no Twitter.

Outros parlamentares da Bancada usaram as redes sociais para celebrar o momento e celebrar a festa popular.

"É o Brasil inteiro tomando posse. É o povo subindo a rampa pela diversidade e contra o preconceito, a discriminação, a miséria! O Governo do Futuro é feito de gente e representatividade volta à ordem do dia!", postou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) ressaltou que com Lula presidente a "democracia e amor venceram!" "Sete cidadãos brasileiros passaram a faixa presidencial representando o povo. Esse é o governo que a nossa nação merece!", comemorou.

"No Congresso e aqui no Palácio do Planalto o presidente @LulaOficial destacou a importância do SUS, sinalizando que o fortalecerá. Importante!", registrou o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).

Em suas redes, a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) destacou os primeiros atos do presidente Lula, assinando os atos que confirmam a volta do Bolsa Família no valor de R$ 600 "e o REVOGAÇO dos sigilos de 100 anos do desgoverno Bolsonaro".

"Que Deus abençoe o povo brasileiro e dê força e sabedoria a @LulaOficial e @geraldoalckmin para que cumpram a nobre missão de reconstruir e reconciliar a nação", diz uma postagem do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Virada histórica

Ao discursar no Parlatório do Palácio do Planalto, diante do público que lotava a Praça dos Três Poderes, Lula pregou a união nacional e defendeu a redução da desigualdade social no Brasil.

"Nesses últimos anos, vivemos, sem dúvida, um dos piores períodos da nossa história. Uma era de sombras, de incertezas e de muito sofrimento. Mas esse pesadelo chegou ao fim pelo voto soberano, na eleição mais importante desde a redemocratização do País. Uma eleição que demonstrou o compromisso do povo brasileiro com a democracia e suas instituições. Essa extraordinária vitória da democracia nos obriga a olhar para a frente e a esquecer nossas diferenças, que são muito menores que aquilo que nos une para sempre: o amor pelo Brasil e a fé inquebrantável em nosso povo. Agora, é hora de reacendermos a chama da esperança, da solidariedade e do amor ao próximo", disse o presidente.