Os parlamentares da nova bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados tomaram posse nesta quarta-feira (1º) destacando o papel do parlamento na reconstrução do país, arrasado pela política negacionista do desgoverno Bolsonaro.

Na legislatura passada, os deputados do partido estiveram na linha de frente na luta contra o governo da destruição e constaram entre os mais influentes do Congresso Nacional.

Na legislatura passada, todos os integrantes da bancada estiveram na linha de frente na luta contra o governo da destruição e constaram na lista dos mais influentes parlamentares do Congresso Nacional.

O líder do partido na Casa, Renildo Calheiros (PE), diz que o legado foi um país devastado após quatro anos de Bolsonaro.

“Temos o compromisso de garantir o desenvolvimento, a geração de emprego, das políticas públicas que beneficiam a população. Será um trabalho árduo, mas vamos reconstruir o Brasil!”, assegurou o líder.

No seu oitavo mandato na Câmara, a deputada Jandira Feghali (RJ) diz que vai priorizar as ações de reconstrução do país.

“É um dos 513 mandatos desta Casa que vai fazer parte da base de sustentação do presidente Lula desse governo de reconstrução da democracia, da solidariedade, da industrialização brasileira, das políticas ambientais, das políticas de saúde, das políticas de educação, da cultura diversa e plural deste país”, destacou.

“Estamos nessa com Lula para reconstruir o Brasil”, disse a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA). Para isso, ela lembrou que foi necessário buscar entendimento para a eleição do presidente [Arthur Lira] e da Mesa da Casa.

“Todo mundo sabe. Tivemos de fazer um acordo pela governabilidade. Lula precisa governar. Elegemos 513 deputados no Brasil, mas somente 122 ligados a Lula. Como vai ter universidade nova, salvação dos Yanomamis, se a gente não conseguir aprovar daqui os projetos? Então é um acordo político bem montado e vamos juntos fazer o Brasil sorrir de novo”, afirmou.

A novata da bancada, Daiana Santos, é a primeira deputada federal negra do Rio Grande do Sul. De acordo com ela, a nova configuração do parlamento nacional demonstra a chegada de novas figuras políticas, que carregam em suas trajetórias as lutas das camadas mais populares do povo brasileiro.

“A chegada de mulheres, negras e negros, LGBTs, demonstra a necessidade de ruptura dessa política de negação de direitos da população trabalhadora, que vive na pirâmide social deste país. Agora, como deputada federal, compreendo que é na política que a gente faz essa articulação para a mudança na luta, pois a luta muda a vida das pessoas”, enfatiza a deputada.

“O Congresso Nacional volta hoje às suas atividades com posse dos novos parlamentares e eleição das mesas da Câmara e do Senado. E isso só é possível porque no dia 8/1 a democracia derrotou a tentativa de golpe perpetrada por terroristas seguidores de Bolsonaro”, observou o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).

Federação

A novidade nesta legislatura é que o partido atuará numa federação com PT e PV. O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) afirmou que o objetivo foi unir forças com quem possui identidades programáticas e ideológicas.

“Tem um programa mínimo comum e impositivo para aqueles que foram eleitos na federação. Funcionará no plenário como um partido único, mas as estruturas das siglas permanecerão”, explicou.