Com o final do segundo turno eleitoral em novembro, a fila de espera para o Auxílio Brasil alcançou 128 mil famílias que, apesar de elegíveis, não vão receber o benefício este mês. As filas estavam zeradas desde agosto passado, início da campanha.

Na esperança de melhorar sua performance nas eleições, Bolsonaro turbinou o programa e bateu recorde com mais de 21 milhões de famílias inscritas.

O líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros (PE), considerou o ressurgimento da fila do um verdadeiro escândalo. “Bolsonaro deu um jeito de ‘zerar’ a fila até as eleições para tentar se garantir na presidência. Foi perder o pleito e a fila voltou. A fila já tem mais de 128 mil famílias à espera do benefício. Absurdo!”, criticou.

“Escândalo! Bolsonaro sonegou o pagamento do Auxilio Brasil a 1,5 milhão de famílias até julho de 2022. Às vésperas da campanha, arranjou dinheiro que ‘zerou’ a fila. Confessando que odeia pobre, foi perder a eleição e já deixou 128 mil famílias na fila novamente. Oportunista!”, protestou no Twitter o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

A partir de janeiro o programa voltará a ser chamado de Bolsa Família com o benefício de R$ 600 acrescido de R$ 150 para famílias com crianças até 6 anos de idade. A emenda à Constituição (32/22) que garante os recursos deve ser aprovada na próxima quarta-feira (14) no Plenário da Câmara.