Os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP) e Márcio Jerry (PCdoB-MA) entraram com ação na Justiça Federal, pedindo que a autorização de porte de armas da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) seja suspensa por suposta "falta de condições psicológicas mínimas".

A parlamentar bolsonarista está sendo investigada por entrar armada em um bar em São Paulo e perseguir um homem negro junto com seus seguranças no dia anterior à realização do segundo turno da eleição presidencial.

Uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu o transporte de armas e munições, em todo o território nacional, por parte de colecionadores, atiradores e caçadores no dia das eleições, nas 24 horas que a antecederam e nas 24 horas que a sucederam.

Em uma rede social, Orlando Silva disse que a "completa falta de condições emocionais" demonstrada por Zambelli justifica o pedido feito à Justiça. "Essa celerada não pode andar por aí ameaçando a vida das pessoas", escreveu no Twitter.

Para o deputado Márcio Jerry, a deputada "mostrou que não tem condições de portar arma". O pedido de tutela antecipada também é subscrito pelo deputado estadual do Maranhão Rodrigo Lago.

A representação argumenta que o "histórico de afronta à ordem constitucional" e o episódio "violento, desproporcional e desequilibrado" demonstram a inaptidão psicológica de Zambelli para portar armas de fogo, já que ela teria colocado em risco a integridade de outras pessoas.

Os parlamentares pedem que a 20ª Vara Federal Cível da SJDF requeira cópia de todos os inquéritos policiais instaurados após o episódio em São Paulo e de todos os registros de armas de fogo no nome da parlamentar.

Eles também querem que seja realizada uma prova pericial para averiguar se há aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo.