O Banco Mundial divulgou um comunicado na noite desta quinta-feira (30) no qual informou que o ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro Abraham Weintraub foi aprovado como diretor-executivo do conselho da instituição. Weintraub deixou o MEC em junho, em meio a uma série de polêmicas e fugiu para os Estados Unidos, usando passaporte diplomático.

Alvo de dois inquéritos, um que apura racismo contra chineses e outro que apura ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro foi indicado para o cargo pelo governo de Jair Bolsonaro como forma “honrada” de deixar o MEC, após as polêmicas.

Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a confirmação de Weintraub ao cargo é “vergonha” para o país. “Esse elemento fugiu do país para não responder por seus delitos de militante extremista. Fugir ganhando cargo milionário é mamata”, afirmou o parlamentar.

A líder do PCdoB na Câmara, deputada Perpétua Almeida (AC), também criticou a “premiação” do ex-ministro. “Abraham Weintraub, aquele que saiu às pressas do Brasil e ficou conhecido pelas tantas asneiras e retrocessos na Educação, o rei das fake news, foi premiado com diretoria executiva do Banco Mundial. É a prova real de que Bolsonaro valoriza a estupidez”, destacou em sua rede social.

No mês passado, a associação de funcionários do Banco Mundial pediu a suspensão da indicação de Weintraub ao cargo. Na ocasião, os funcionários do banco se disseram preocupados com as declarações tidas como preconceituosas do ex-ministro e Weintraub sobre os chineses e sobre minorias.