A líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, deputada Perpétua Almeida (AC), apresentou, nesta semana, proposta sugerindo ao Ministério da Cidadania a utilização dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) para o cadastramento dos brasileiros que têm direito ao programa de auxílio emergencial e não possuem acesso residencial à internet ou são analfabetos.

Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estima-se que o país tenha 2,7 milhões de “invisíveis”, público que precisa fazer o cadastro no site ou aplicativo da Caixa para ganhar o auxílio emergencial, e que vivem em domicílios sem nenhum tipo de acesso à internet. Outras 734 mil pessoas não sabem ler e nem escrever. “Há um potencial risco de exclusão dessas pessoas caracterizadas por vulnerabilidades sociais e, muitas vezes, pertencentes a comunidades tradicionais ou distantes de centros urbanos”, explica a deputada Perpétua Almeida.

Na justificativa da proposta, a parlamentar enumera alguns motivos para que os “invisíveis” não tenham acesso ao benefício: falta de informação; endereço e CEP compartilhado com diferentes pessoas; falta de celular, de conta em banco e de documentação (como o CPF ativo); analfabetismo ou dificuldades de acesso à internet. “E quem está fora da base pode não receber ou demorar mais tempo até conseguir o dinheiro — o que torna a sua situação ainda mais vulnerável”, pontua a deputada.

*Ascom deputada Perpétua Almeida