O Brasil chegou nesta segunda-feira (10) com 101.269 mortes por coronavírus, de acordo com levantamento do consórcio de veículos de imprensa feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. Para os deputados do PCdoB, a triste marca explicita a política genocida adotada pelo governo Bolsonaro desde o início da pandemia.

“Bolsonaro é irresponsável e não sabe o que diz! Se não fosse o descaso e a negligência desse governo desde o início da pandemia, o país não teria ultrapassado a triste marca dos mais de 100 mil mortos. Esse presidente precisa ser parado urgentemente! Genocida”, afirmou a deputada Alice Portugal (BA).

Além da falta de ação efetiva para conter o avanço da pandemia no país, os deputados condenam ainda a falta de solidariedade com a população de Bolsonaro e sua equipe.

“Li e reli os tuítes do presidente. Nenhuma solidariedade às famílias das 100 mil vidas perdidas. Bolsonaro volta ao seu normal e faz propaganda da cloroquina. O Brasil não merece esse entulho!”, destacou a líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (BA).

A líder da legenda na Câmara repudiou ainda a baixa execução orçamentária do governo para conter a pandemia. Um levantamento realizado pela assessoria do PCdoB sobre a utilização dos recursos liberados pelo Congresso para investimento no enfrentamento da Covid-19 revela que o governo Bolsonaro, até agora, utilizou apenas 52% da verba. Para a bancada, o governo está retendo os recursos orçamentários para criar caos no país, além de reforçar a política genocida encampada por Bolsonaro.

Na saúde, por exemplo, dos R$ 39,2 bilhões aprovados apenas R$ 18,9 bilhões (48%) foram executados. “Este é um número que grita de agonia, pois é um recurso que deveria estar sendo usado para salvar vidas, mas o governo não utilizou nem a metade ainda”, criticou Perpétua.

Em suas redes sociais, o deputado Orlando Silva (SP) também chamou atenção para o descaso do governo em relação às mortes. E em referência a uma fala de Bolsonaro, que classificou no início da pandemia, a Covid-19 de “gripezinha”, Orlando foi categórico: “100 mil mortes não é gripezinha, é genocídio!”.