Movimentos Sociais, entidades representativas, trabalhadores e parlamentares realizaram, nesta quarta-feira (7), a 3ª Marcha em Defesa da Saúde, da Seguridade Social e da Democracia em Brasília. Os manifestantes se reuniram às 9h na Catedral Metropolitana e rumaram ao Congresso Nacional.

A marcha foi idealizada para protestar contra medidas e propostas do governo que violam direitos assegurados pela Constituição, em especial aquelas que atentam contra a saúde pública, universal e gratuita.

Para a deputada Angela Albino (PCdoB-SC), a marcha é um dos caminhos de defesa e preservação dos direitos da população. “Em tempos de ataques à Seguridade Social, defender o SUS é tarefa de todos todas nós. Defender o sistema de saúde público é defender a democracia.”

O principal alvo de protesto durante a marcha é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/16 (antiga PEC 241), em tramitação no Senado Federal, que congela os gastos da União por 20 anos, representando grave ameaça aos brasileiros.

Ronald Santos, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) – entidade à frente da organização do evento –, afirmou que o intuito é derrubar a PEC. “Ela significa menos Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), menos cirurgias oncológicas, menos Saúde da Família, menos assistência às pessoas com Aids. Ao fim e ao cabo, a aprovação da PEC significará a morte do povo brasileiro.”

O presidente da CNS ainda acrescentou que uma eventual promulgação da PEC 55 vai representar para o Sistema Único de Saúde (SUS) um prejuízo da ordem de R$ 434 bilhões, conforme estimativa da Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento (COFIN) da instituição.

A PEC 55 foi aprovada em primeiro turno no Senado em 29 de novembro. A votação em segundo turno está marcada para o dia 13. Para aprovação da PEC serão necessários pelo menos 49 votos, o equivalente a três quintos do total de senadores.