A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,6% no trimestre encerrado em maio, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta foi a segunda maior taxa da série histórica, iniciada em 2012. O recorde, de 14,7%, foi registrado nos dois trimestres imediatamente anteriores, fechados em março e abril.

Os dados, que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), apontam que, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o número de desempregados no Brasil aumentou em 2 milhões de pessoas em apenas um ano.

Para o líder o PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), a situação exposta pelo mercado de trabalho é o retrato de como a gestão de Jair Bolsonaro na economia vem condenando os brasileiros ao desemprego.

"A taxa de desocupação no país chegou a 14,6% no trimestre encerrado em maio. Isso significa que 14,8 milhões de pessoas estão em busca de uma oportunidade de trabalho, mas não conseguiram até agora", destacou o parlamentar em uma rede social.

O parlamentar chamou atenção ainda para o crescimento da informalidade no mercado de trabalho, cuja taxa bateu em 40%. "São 34,7 milhões de brasileiros no trabalho informal", observou.

Segundo os critérios do IBGE, trabalhador informal é aquele que está empregado no setor privado sem carteira assinada, os trabalhadores domésticos sem carteira, os trabalhadores por conta própria sem CNPJ, os empregadores sem CNPJ e os trabalhadores que não têm remuneração. A pesquisa divulgada pela instituição nesta sexta-feira (30) apontou, por exemplo, que a taxa de desemprego ficou estatisticamente estável em relação aos dois trimestres imediatamente anteriores graças ao trabalho por conta própria, que cresceu no período.

Ante os números divulgados pelo IBGE, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) usou o Twitter para questionar as promessas do governo de retomada da atividade econômica: "A pergunta que não quer calar: cadê o crescimento da economia na vida real? Não existe. A vida do povo é desemprego e inflação".

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) também usou as redes para lamentar a segunda maior taxa de desemprego desde 2012. "Quem acreditou na propaganda do governo “comprou” gato por lebre. Vamos continuar insistindo na máxima de que o brasileiro quer: comida no prato; vacina no braço; e carteira assinada", escreveu.