O atual líder da bancada comunista, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), foi reeleito para o seu segundo mandato com 64.822 votos. Parlamentar combativo, Orlando é voz ativa em defesa do Brasil e dos trabalhadores. Baiano de nascença, o parlamentar se destacou na Câmara pela capacidade de conquistar apoios em votações em Plenário até mesmo no campo adversário.

Garantiu a aprovação por unanimidade da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, liderando a articulação de diversos setores para construir um texto avançado que permitisse ao país proteger os cidadãos sem impedir oportunidades de negócio. Foram dois anos de muito trabalho, com a realização de 13 audiências públicas temáticas, além de seminários internacionais e mesas de diálogo com todos os setores, aprofundando cada assunto para chegar ao texto final.

Também articulou a aprovação do projeto de reoneração da folha de pagamentos (PL 8456/17), do qual também foi relator. O texto estava parado no Congresso e contou com a articulação do deputado paulistano para avançar e ajudar no fim da greve dos caminhoneiros.

Outra mudança na legislação que contou com a articulação de Orlando foi a Lei de Migração (13.445/17). O novo texto substitui o antigo Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80), adotado durante o regime militar, e revoga ainda a Lei da Nacionalidade (818/49). Segundo o relator da matéria, a nova Lei de Migração prioriza o acolhimento dos estrangeiros.

O parlamentar também presidiu a Comissão de Trabalho. Sua capacidade de diálogo, somada à pressão dos movimentos sociais, barrou o projeto de privatização da Eletrobras, que faria todos pagarem uma conta de luz mais cara.

Em 2018, foi escolhido pelo júri especializado como um dos 10 melhores deputados federais pelo Prêmio Congresso em Foco. O reconhecimento é resultado do combate firme ao desgoverno de Michel Temer. O deputado do PCdoB, que adotou a cidade de São Paulo há mais de 25 anos, lutou ainda contra a Reforma Trabalhista, que prejudica o trabalhador, e a Reforma da Previdência, que dificulta o acesso à aposentadoria.

A indignação contra as desigualdades levou Orlando à política. Iniciou sua trajetória ainda na juventude, na década de 1980, no grêmio estudantil. Desde então, participou de grandes lutas do cenário político brasileiro, como o movimento “Fora Collor!”, que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo.

Em 1995, foi o primeiro negro a ocupar a presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE). “Era um momento de muita ofensiva do neoliberalismo e resistência política de nossa parte, quando o Fernando Henrique Cardoso queria ferir a autonomia universitária, cortando os recursos necessários para a manutenção da atividade das universidades.

"O governo tratava com repressão e marginalizava os movimentos sociais. Felizmente, houve um acúmulo de força dos movimentos, o que possibilitou a chegada do campo progressista ao poder em 2002”, disse em entrevista ao Portal Vermelho.

Foi ainda vereador pela capital paulista e ministro do Esporte durante a segunda gestão do governo Lula. Na Pasta, realizou os Jogos Pan-Americanos e os Jogos Parapan-Americanos de 2007. Entregou seis mil obras de infraestrutura esportiva em todo o país, de quadras em escolas até grandes complexos esportivos, ampliando a prática em todos os estados.

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