Integrantes da Comissão Externa da Câmara dos Deputados reuniram-se nesta terça-feira (1º) com familiares de João Alberto Silveira Freitas, 40, cliente negro que foi assassinado por seguranças de uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre (RS), no dia 19 de novembro.

Além de ouvir os familiares de João Alberto e movimentos sociais, os membros da Comissão ainda se reunirão com o governador Eduardo Leite.

Membro do colegiado, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que a criação da comissão externa para acompanhar as investigações é o “Parlamento dizendo que este não será mais um caso”.

O encontro ocorreu no auditório de um hotel da cidade. Estiveram presentes o pai de João Alberto, o pastor João Batista, 65, e a viúva Milena Borges Alves, 43.

Emocionado, João Batista, pai da vítima, relatou para os membros da comissão a dor de perder o filho. Ao descrever a cena do crime disse: “não desejo esta dor que sinto a nenhuma pessoa. Estou mais refeito, mas aguardo a justiça”.
Criada para acompanhar o caso, a comissão da Câmara visa garantir que não exista impunidade, além de analisar a legislação brasileira e propor um pacote de projetos de lei que garantam o enfrentamento ao racismo estrutural.

Movimentos Sociais

Após o encontro com os pais de João Alberto, os parlamentares ouviram representantes dos movimentos sociais e a bancada de vereadoras e vereadores negros eleitos em Porto Alegre.

A comissão é composta pelos deputados Damião Feliciano (PDT-PB), que coordena o grupo, Orlando Silva (PCdoB-SP), Maria do Rosário (PT-RS), Benedita da Silva (PT-RJ), Vicentinho (PT-SP), Bira do Pindaré (PSB-MA), Áurea Carolina (PSol-MG) e Silvia Cristina (PDT-RO).