A demissão nesta quinta-feira (16) do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi analisada por lideranças no Congresso Nacional como uma ação irresponsável do presidente Bolsonaro e coloca em risco a saúde da população brasileira.

O ministro Mandetta foi demitido por seguir as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) como manter o isolamento social para conter o avanço da pandemia do coronavírus.

A reação na bancada do PCdoB foi imediata. A líder da sigla na Câmara, Perpétua Almeida (AC), disse que Bolsonaro colocou em risco a saúde dos brasileiros.

“É minúsculo, politiqueiro e irresponsável. Ciumento, demite o ministro q está muito melhor avaliado do que ele. Nas suas costas recairão as mortes que infelizmente virão pela quebra no trabalho de Mandetta”, escreveu a líder no Twitter.

“Em meio à pandemia, o presidente demite o ministro da Saúde. Não é que Mandetta fosse grande, é que Bolsonaro é minúsculo. Eu espero que a troca não seja um chamado à morte para a população brasileira”, criticou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA).

O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) avaliou que a demissão do ministro e sua equipe, em meio ao agravamento da pandemia do coronavírus, é grave.

“É mais uma decisão absurda de Jair Bolsonaro. Milhares e milhares de infectados, milhares de mortos. E o presidente genocida paralisa as ações trocando equipe do Ministério da Saúde”, protestou.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que Bolsonaro é o maior aliado do vírus que mata milhares de brasileiros. “Sua única preocupação é fazer politicagem diante de uma pandemia. É irresponsável e indigno do cargo. O agravamento da crise e das mortes é sua culpa”, considerou.

“É estarrecedor que o obscurantismo tenha vencido a ciência, a pesquisa, o mundo que pensa a Saúde. A saída de Mandetta indigna a nós e ao povo, que sofrerá as consequências de qualquer mudança na política de isolamento. Bolsonaro é tosco, baixo, mesquinho”, protestou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) considerou a demissão mais um ato de estupidez do governo Bolsonaro. “O setor da saúde era o único que estava trabalhando de forma minimamente coerente nesse momento de crise. Bolsonaro despreza a ciência, a eficiência do isolamento social e a vida do povo brasileiro”, disse.

“Como já dito por outros: que o vírus tenha piedade e não seja tão agressivo conosco nesse momento de tamanha irresponsabilidade e descaso com a saúde do povo brasileiro”, afirmou a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP).

O deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) diz que após perder as últimas semanas arengando, Bolsonaro demite o ministro da Saúde no meio de uma pandemia sem precedentes.

“O motivo: seguir as orientações da OMS e se basear na ciência. Enquanto isso já são 1924 mortos. Um aumento de 82,4% em uma semana”, criticou.