Segundo o jornal, a informação aparece em gravações obtidas pelo veículo com o espanhol Luis Novoa, dono da Enviawhatsapps. Nos áudios, ele revelou que “empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” brasileiros compraram seu software para mandar mensagens em massa a favor de Bolsonaro.

Enquanto isso, ação aberta no TSE para apurar denúncias semelhantes até agora não avançou em nada. 

“Está comprovada a denúncia feita ainda na campanha. Não é um mecanismo amador ou voluntário de tiozões disparando bom dias e fake news por redes sociais. Estamos diante de um megaesquema de manipulação da opinião pública, um risco à democracia”, avaliou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Para a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), essa denúncia somada as conversas pouco republicanas, entre o então juiz Sergio Moro (ministro da Justiça) e o procurador Deltan Dellagnol, reveladas pelo Intercept Brasil, mostram a farsa da eleição de Bolsonaro.

“Doações de empresas e pessoas físicas não declaradas são ilegais. Oito meses depois do TSE abrir apuração sem impulsionamentos contra o PT, ninguém foi ouvido”, lembrou Gleisi Hoffmann.

“Em alguns casos, a Justiça levanta a venda, enxerga inimigos e se articula até com os acusadores para persegui-los. Em outros, ela é completamente cega”, afirmou o senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado.