A prioridade do Ministério da Defesa nos próximos quatro anos será a reestruturação das Forças Armadas e da carreira dos militares. A afirmação foi feita pelo ministro da pasta, general Fernando Azevedo, que compareceu nesta quarta-feira (10) à audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

O ministro também defendeu o acordo de salvaguardas entre Brasil e EUA para uso da base de lançamento de Alcântara, no Maranhão. Para a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), vice-líder do partido na Câmara, deve-se condenar a submissão aos Estados Unidos e defender a paz na América Latina.

“Nos documentos de Defesa, está que somos um país de paz. É preocupante vermos setores do governo, inclusive estimulados pelo presidente da República, incentivando a guerra contra a Venezuela. Não temos os mesmos interesses dos americanos em disputa geopolítica com Rússia e China. O nosso objetivo é estar em paz com os nossos vizinhos. Não podemos assinar embaixo de um conflito de grandes potências com a Venezuela. O nosso comportamento deve ser outro”, afirmou a parlamentar do Acre.

A reforma da Previdência e o plano de reestruturação da carreira dos militares foram apresentados pelo governo em março. O texto prevê bônus e adicionais ao soldo, mas também aumenta alíquotas e o tempo de serviço necessário antes da reserva, que hoje é de 30 anos, para 35 anos. “Conseguimos avançar na proposta e fazer com que a vida militar seja um atrativo para os brasileiros. As vantagens colocadas para os militares precisam ser asseguradas para os demais trabalhadores”, destacou Perpétua Almeida.