O Brasil completa um ano de pandemia com a triste marca de mais de 250 mil vítimas da Covid-19. Resultado da política negacionista e genocida encabeçada por Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello, ministro da Saúde. Em meio à corrida mundial por vacinas contra a doença, o Brasil se mantém na contramão, dificultando o acesso da população aos imunizantes, sem campanha efetiva de vacinação.

"É lamentável a situação que o Brasil se encontra. Bolsonaro e Pazuello protelam as medidas de imunização da população. Criam dificuldades, uma atrás da outra, para impedir o acesso às vacinas. Essa posição de negação tem causado muita dor às famílias brasileiras", afirmou o líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE).

Além disso, no pior momento da pandemia, as prioridades do governo estão longe de passar pelo bem-estar social. Em vez de pautar a retomada do auxílio emergencial, o governo Bolsonaro apostou esta semana na volta da agenda privatista, com foco na Eletrobras e nos Correios.

“Brasil chega ao seu pior momento na pandemia de Covid-19 com Bolsonaro falando em privatizar empresa. É mais que irresponsável, é um projeto de destruição da população. Cadê o auxílio emergencial?”, cobrou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Entre os erros cometidos pelo Estado e que contribuíram para que o Brasil chegasse as 250 mil mortes, estão a demora para fechar as fronteiras; implementação ineficaz – quase nula – de barreiras sanitárias; política inexistente de testes e rastreamento de contatos e de assintomáticos; queda na taxa de testagem; e falta de liderança e de incentivo ao isolamento por parte de Jair Bolsonaro e sua equipe, de alguns governadores e prefeitos.

Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), o alto número de mortes pela Covid-19 é “resultado de um projeto genocida, que nega a ciência, incentiva o uso de medicação ineficaz, age contra a OMS e não prioriza a vacina”.

Até agora, menos de 3% da população brasileira foi vacinada contra a Covid-19. Muitos estados interromperam a imunização por falta de vacinas e o governo federal não tem se mobilizado para adquirir os imunizantes.

“Infelizmente, muito mais mortes e destruição estão no horizonte. É trágico. Não há coordenação federal, sobram sabotagem, irresponsabilidade e politicagem. Há erros de toda ordem e grandeza, desde os patéticos como a troca de estados na distribuição da vacina, cometido pelo ‘jênio’ da logística, até os mais graves e criminosos, que custaram vidas, como a negação às vacinas, seja a do Butantan ou da Pfizer, que, se compradas quando oferecidas, teríamos perto da centena de milhão de doses disponíveis para que o SUS pudesse fazer o que faz de melhor: salvar vidas de brasileiros. O criminoso mor é Jair Bolsonaro”, afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

O Daniel Almeida (PCdoB-BA) também aponta a omissão de Bolsonaro e cobra responsabilidade do governo. “É preciso adotar medidas para conter o avanço da pandemia. Não há um plano de vacinação, mas há uma atitude irresponsável e criminosa, pois o contágio e o número de mortes estão no pico, e o governo não demonstra capacidade/interesse em prover a vacina para toda a população.”