“Foi uma luta muito grande chegar até aqui e conquistar a obrigatoriedade de haver 30% de mulheres nas chapas que disputam eleição. E ainda conseguir os 30% de recursos destinados às candidaturas de mulheres”, diz a líder do PCdoB na Câmara, Perpétua Almeida (AC) em vídeo divulgado em suas redes sociais.

A constatação da deputada parte das dificuldades que as brasileiras têm para chegar aos espaços de poder político e aos legislativos. Afinal, o Brasil ainda é um dos países com a menor participação feminina na política.

No Congresso, conforme dados da ONU Mulheres, elas são apenas 15% dos parlamentares; nas câmara municipais, ficam em 13,5%  e entre os prefeitos eleitos em 2016, as mulheres representam apenas 12%. Dentre os países da América Latina, o Brasil só não está pior do que Belize e Haiti nesse quesito.

O PCdoB é um dos partidos com maior participação de mulheres. Além da presidência nacional ser ocupada por uma mulher, Luciana Santos, o partido tem uma secretaria atuante nesta área e 50% de sua bancada na Câmara é composta por mulheres, tendo à frente a liderança de Perpétua.

“Queremos avançar muito mais. Acreditamos que sem paridade não há democracia efetiva nos parlamentos e no país. Não aceitamos nenhum retrocesso e nos recusamos a aceitar ou votar qualquer projeto que acabe com os 30% da cota feminina”, completou a deputada.