No último sábado (10), uma reportagem publicada pela revista “Veja” denunciou o uso pelo governo Temer da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para investigar o relator da Operação Lava Jato, Luiz Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Palácio do Planalto negou, mas a denúncia gerou reação do STF, do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, da Associação dos Juízes Federais do Brasil, da própria Abin e do Parlamento.

Na Câmara, a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), que presidiu a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), repudiou o uso político da Agência.

“Em nota oficial, trabalhadores da Abin fazem questão de registrar que a atividade de inteligência da Agência ‘é desenvolvida com observância aos direitos e garantias individuais e tem como fundamentos a preservação da soberania nacional, a defesa do Estado democrático de direito e a dignidade da pessoa humana’. Considero que nenhum governo, nenhuma autoridade eventual, pode quebrar o compromisso que os profissionais da Abin têm com o Estado democrático de direito”, disse a parlamentar.