Em outro trecho das conversas mostra que Deltan e Moro marcaram reuniões para definir o futuro da Lava Jato. A revelação é mais uma prova de que o ex-juiz coordenava ilegal e informalmente a operação.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) considerou os novos diálogos uma verdadeira “promiscuidade”. “As novas denúncias da #VazaJato são gravíssimas. Reuniões entre juiz, acusação e polícia para combinar operações, um inacreditável pedido de dinheiro público para promover medida de interesse do procurador. Relação promíscua entre julgador e parte!”, disse no Twitter.

Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) a situação revela quem de fato mandava na Lava jato. “Moro orientando a condução da Lava Jato, com direito a reunião para alinhar as novas prioridades da investigação”, diz.

“É o fim do que conhecemos como democracia. Segundo Intercept, a dupla Dallagnol e Moro tramou por anos na escuridão vilipendiar a Justiça por interesse próprio. Um, com projeto de poder, outro, para lucrar. É nojento, abominável e medieval”, disse a líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Para o vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado Márcio Jerry (MA), o ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol desdenham a justiça brasileira. “Fatos em série divulgados a partir do arquivo do The Intercept desmascaram por completo a dupla Sérgio Moro & Deltan Dallagnol. Mas não é tudo. Além de ilegalidades processuais eles são suspeitos de outros graves desvios de conduta”.

E ressaltou “Não há uma dupla mais desmoralizada hoje no Brasil que essa formada por Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Dois decaídos ! Uma vergonha! É um acinte ao país”.