Deputados do PCdoB se posicionaram sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que culminou, nesta sexta-feira (24), no bloqueio de contas de aliados de Jair Bolsonaro no Twitter e Facebook por suposta disseminação de fake news.

A decisão de Moraes faz parte do inquérito das fake news, do qual ele é relator, e que apura ataques a ministros da Corte e disseminação de notícias falsas. Em documento assinado na última quarta (22), o ministro pediu a suspensão das contas de 16 aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Twitter e 10 perfis no Facebook, com multa de R$ 20 mil ao dia para as empresas que descumprirem a ordem.

Entre os perfis suspensos então o do presidente do PTB, Roberto Jefferson; dos empresários Luciano Hang, Edgard Corona, Otávio Fakhoury e Bernardo Küster; dos blogueiros Allan dos Santos, da extremista Sara Giromini; e do assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia, Edson Salomão.

“Liberdade de expressão, ok! Liberdade para cometer reiteradamente crimes é simplesmente… crime! E crimes têm que ser combatidos, impedidos e punidos”, declarou o vice-líder do PCdoB, deputado Márcio Jerry (MA).

Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), a retirada dos perfis foi uma vitória da democracia contra o fascismo. “Não tem nada de ameaça à liberdade de expressão, deve ser considerada uma vitória da democracia contra os que querem destrui-la. Semear ódio não é liberdade, é crime”, afirmou Orlando.

A líder da bancada, deputada Perpétua Almeida (AC), ironizou a claque bolsonarista ao repercutir a notícia. “E agora, José? A festa acabou, o Twitter apagou…”, escreveu a parlamentar em sua conta no Twitter.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também comentou a notícia. “Twitter eliminou várias contas de extremistas da direita que espalharam mentiras e ódio durante anos, reduzindo assim o chernobyl por aqui”, disse.

*Ascom deputado Márcio Jerry