Parlamentares do PCdoB avaliam que postura de Trump atesta os erros do presidente Jair Bolsonaro que a cada dia se isola mais no mundo. “As nações não tem amigos, elas têm interesses! A frase é velha, mas nunca sairá de moda. Bolsonaro não está à altura do Brasil! Não sabe quais são os interesses nacionais, por isso não os defende”, destacou a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC).

À frente da Liderança da Minoria, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) ironizou Bolsonaro. “Em março, Bolsonaro renunciou ao tratamento especial nas negociações da OMC em troca de uma vaga na OCDE. Hoje perdeu o apoio dos EUA que preferiu indicar Romênia e Argentina. É fracasso da política externa que chama?”, disse a parlamentar.

Os deputados do PCdoB Márcio Jerry (MA) e Orlando Silva (SP) consideram que a “vassalagem” do presidente brasileiro diante dos Estados Unidos é nociva ao Brasil.
“Bate continência, Bolsonaro. Olha resposta à tua vassalagem…Trump abandona Bolsonaro na porta da OCDE!”, relatou o parlamentar maranhense.

Orlando complementou:
“Vassalo não é respeitado por ninguém. Nem mesmo por quem recebe a vassalagem”, afirmou Orlando.

Segundo uma cópia de uma carta enviada ao secretário-geral da OCDE Angel Gurria em 28 de agosto, o secretário de Estado Michael Pompeo rejeitou um pedido para discutir mais ampliações do clube dos países mais ricos. "Os EUA continuam a preferir o alargamento a um ritmo medido que leva em consideração a necessidade de pressionar pelo planejamento de governança e sucessão", afirmou a carta. O teor do documento foi publicado na Bloomberg News.

De acordo com a carta, os EUA apoiaram apenas a entrada da Argentina e da Romênia, considerando o “critério cronológico”, segundo as fontes, porque esses países haviam apresentado o pedido antes dos outros, inclusive do Brasil.

De acordo com ex-chanceler brasileiro Celso Amorim, "ou Trump não está nem aí para Bolsonaro, ou a burocracia do governo americano não está nem aí para Trump".

Em março, Trump afirmou em entrevista coletiva com Bolsonaro na Casa Branca que apoiou o Brasil na adesão ao grupo de 36 membros. Em julho, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, reiterou o apoio de Washington ao Brasil durante uma visita a São Paulo.

*Com informações do Brasil 247.