Após cinco horas, a comissão especial que analisa a Reforma da Previdência (PEC 6/19) aprovou, por 36 votos contra 13, nesta quinta-feira (4), o texto-base do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Ainda faltam os destaques para o texto seguir para análise do Plenário. Deputadas comunistas lamentaram o resultado, pois entendem que as diretrizes da proposta original do governo Bolsonaro foram mantidas.

As parlamentares defendem mobilização popular para barrar texto no Plenário da Câmara. Em transmissão ao vivo, após a divulgação do resultado da votação, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), mostrou a festa feita por deputados do PSL. Para ela, a festa foi “tímida”, mas explicita a alegria daqueles que “comemoram a retirada de direitos dos mais pobres”. “É um cheque em branco que está sendo dado aqui. É lamentável. Isso tudo para entregar a Previdência ao mercado financeiro”, lamentou.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) também criticou a postura da base governista. “Estão comemorando a desgraça dos trabalhadores”, disse. “Essa reforma vai mudar a vida de milhões de brasileiros. É um tiro do governo Bolsonaro na Previdência dos mais pobres do país”, completou.

A líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), lembrou que o resultado na comissão já era esperado, visto que a aprovação no colegiado se dá por maioria simples, e que a votação desta quinta-feira não significa garantia de aprovação no Plenário da Casa.

“Temos tempo de luta, tempo de resistência e de derrotar essa reforma no Plenário. Precisamos de mobilização, as pessoas precisam ir às ruas para pressionar os parlamentares favoráveis ao texto”, afirmou.