Para parlamentares da oposição, há estranheza nessa operação diante dos fatos que vieram à tona por conta do vazamento das conversas nada republicanas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), questionou a operação no seu Twitter.
“Uma dúvida. Alguém sabe me dizer como chama quando para encobrir um crime que cometi eu tento incriminar quem me denunciou?”, indagou.

A deputada aproveitou para cobrar a mesma celeridade em outros casos: “Quero ver quando vai ter uma operação para achar o Queiroz, outra para descobrir quem mandou matar Marielle e mais uma para investigar a máquina de disseminação de fakenews nas eleições de 2018”, disse Jandira Feghali.

“Estamos num momento da história brasileira em que são precárias as garantias legais. Momento de tramóias, golpes, conluios realizados com argumentos de legalidade em processos em que a legalidade tem sido esbofeteada e depois ignorada”, considerou o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).

No mesmo tom, o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS) questionou: “Será que vão encontrar o Queiroz também? Quem sabe ele aparece em Araraquara (…) Ou procurar os milicianos amigos do chefe não vem ao caso, Sérgio Moro?”

“Ué, gente? Mas as conversas não estavam adulteradas e, mesmo se fossem verdadeiras, não traziam nada de mais? Por que essa operação?”, ironizou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que diz estar “doido pra saber logo a identidade do hacker que imitou a voz de Dallagnol”.