A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) considerou “desastrosas” as propostas de emenda à Constituição (PECs) apresentadas pelo governo federal ao Senado nesta semana. Segundo o governo, as medidas – que fazem parte do chamado Plano Mais Brasil – teriam como objetivo ajustar as contas públicas do país.

Para Perpétua, no entanto, o pacote enviado ao Senado faz parte de mais uma ação de desmonte do Estado brasileiro. “De novo o governo tenta privilegiar os mais ricos e prejudicar os mais pobres. Tira recursos da Educação e da Saúde, atinge os servidores públicos e finge não enxergar as desigualdades que nossa população enfrenta todos os dias”, destacou.

O Plano Mais Brasil prevê o fim do aumento real do salário mínimo por dois anos; a extinção de cidades com menos de cinco mil habitantes; unificação dos pisos constitucionais da Saúde e Educação; a destinação do superávit financeiro, além do excesso de arrecadação do Orçamento Fiscal e Seguridade Social, para a dívida pública federal; o direito ao equilíbrio fiscal intergeracional; descapitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e extinção do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), entre outros pontos.

“As mesmas pessoas prejudicadas na reforma da Previdência serão prejudicadas com esse plano ‘Menos Brasil’, como eu gosto de chamá-lo. Não podemos assistir nosso país afundar sem fazer nada. É preciso defender nossos direitos básicos, lutar pela Saúde e Educação, taxar quem tem muito dinheiro e não tirar de quem já tem pouco”, pontuou Perpétua.

A deputada acreana acredita que os interesses do governo não ajudam, de fato, no fortalecimento do Brasil. “Eles [o governo] precisam jogar no mesmo time da população, do povo, dos mais humildes. Do jeito que estão fazendo, passam a impressão de que estão sempre a favor do mercado, dos mais ricos. Nosso país é feito de gente, não de robôs. É preciso humanizar essas ações”, destacou.

*Ascom Perpétua Almeida