A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) repudiou, nesta terça-feira (5), os ataques constantes do governo Bolsonaro à imprensa brasileira. A parlamentar classificou a prática de “covardia” e manifestou preocupação com a garantia da ordem democrática no país, visto o cerceamento que o presidente faz à liberdade de expressão.

Na tribuna, a deputada ainda se solidarizou com os jornalistas e todos os setores da imprensa. Perpétua ressaltou dados veiculados pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), que revelam como o presidente da República Jair Bolsonaro faz, em média, duas declarações por semana com críticas à imprensa.

Quando esse tipo de postura é estendido aos membros do primeiro escalão do governo, o jornal digital Poder360 mostra que, entre postagens no Twitter, Facebook e entrevistas oficiais, foram feitos 234 ataques à imprensa brasileira.

“O que, de fato, nos dizem essas estatísticas? Qual mensagem, que tipo de sentimento esse governo efetivamente quer transmitir à sociedade brasileira? Na minha opinião, é tão somente institucionalizar a violência, golpeando a liberdade de imprensa e, a partir daí, tentar calar a sociedade e suas organizações coletivas. Não podemos aceitar e tampouco validar tal violência, ainda mais quando se manifesta enquanto prática de governo”, afirmou Perpétua.

A deputada acreana comentou o boicote ao jornal Folha de S.Paulo: “Manifesto minha solidariedade à Folha, agora proibida de fazer parte do clipping distribuído nas diversas esferas de governo, e a todos os profissionais da imprensa brasileira que sofrem e que porventura venham a ser alvo de quaisquer práticas de censura no âmbito da atividade profissional”.

Perpétua também prestou sua solidariedade às Organizações Globo e relembrou o editorial do jornal O Globo publicado nesta terça sobre o assunto. “O editorial de hoje, do jornal O Globo, retrata com pertinência e absoluta precisão a atmosfera obscurantista de um governo que optou por querer governar proferindo ataques ao jornalismo livre, independente, crítico e acima de tudo, investigativo”, advertiu.

*Ascom Perpétua Almeida