O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) criticou nesta segunda-feira (25) o corte no custo, por parte do governo Bolsonaro, de projetos sociais como o Bolsa Família.

A política bolsonarista tem como objetivo reduzir o papel dos municípios no cadastramento de novos beneficiários de programas sociais, como é o caso do Bolsa Família. Com isso, o governo federal deixa evidente que não se importa com toda a luta de construção das políticas de proteção social do país.

Conforme o deputado Daniel Almeida, “o desmonte nos programas sociais segue um curso sem fim no governo Bolsonaro. O Ministério da Cidadania quer implantar o CadÚnico digital, sem levar em consideração a falta de acesso à internet e outros problemas que a população beneficiada enfrenta. Mais um duro golpe para desestruturar as políticas públicas do Brasil”.

O Ministério da Cidadania quer optar pelo autocadastramento de beneficiários no CadÙnico (Cadastro Único para Programas Sociais) através de um aplicativo no celular. Mas essa mudança não parece se ater ao fato de que muitas pessoas, que vivem em estado de extrema pobreza, não possuem um celular com acesso à internet.

O CadÚnico, que contém informações de mais de 77 milhões de brasileiros e brasileiras em situação de vulnerabilidade social, reúne beneficiários de diversos programas sociais, como o Bolsa Família, já citado aqui, e como Minha Casa Minha Vida.

Conforme informações coletadas pelo site UOL, os argumentos do Ministério da Cidadania para tais mudanças referem-se a “reduzir custos de transferência de renda” e “mudar paradigma de programas assistenciais para programas de aumento de renda”, não se atendo a como isso pode afetar a rede de assistência social.