O Dia Mundial de Al-Quds (nome da cidade milenar de Jerusalém, em língua árabe) foi instituído em 1979 pelo líder máximo da revolução iraniana, o Ayatollah Khomeini, e é comemorado na última sexta-feira do Sagrado mês do Ramadan (que em 2017 ocorre em 23 de junho), por considerar que a causa palestina é uma questão internacional, de soberania e de direitos humanos.

“O PCdoB saúda esta grande comemoração em solo brasileiro, defendendo a preservação desta cidade milenar, a garantia de todos direitos humanos e civilizacionais ao povo palestino, bem como, a constituição de um estado palestino soberano na região. Viva o povo palestino. Viva Jerusalém”, diz a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG).

O embaixador do Irã, Seyed Ali Saghaeyan, agradeceu a posição positiva do Brasil em apoio a Palestina e ao seu povo oprimido, ao reconhecer o Estado da Palestina perante a ONU. Ele afirmou que as medidas perigosas tomadas pelo regime de Israel para continuar a ocupação de todo o território palestino, massacre da população inocente, mudança na composição demográfica, acentuação das ameaças a Jerusalém, bem como a expansão permanente das colônias e cerco à Faixa de Gaza, é o que existe de mais grave e priva o povo palestino de seus direitos básicos.

Marcos Tenório, presidente de Cebrapaz-DF, afirmou que “questão da Palestina – e de Jerusalém, em particular, é o problema mais urgente da humanidade”, por isso simboliza a causa de um povo “que o mundo tem sido incapaz de resolver e assegurar seus direitos, e devolver a eles o que lhes tem sido usurpado. Um povo o qual sua terra continua a sofrer os piores tipos segregação do planeta”.

Jerusalém é a capital símbolo da Palestina. É uma das mais antigas cidades do mundo e considerada sagrada pelas três religiões: islamismo, cristianismo e judaísmo. Fundado no IV milênio a.C, Jerusalém foi destruída pelo menos duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes e capturada e recapturada outras 44 vezes.

Seu status religioso, histórico e civilizacional é fundamental a árabes, muçulmanos e cristãos, e ao mundo em geral. Os lugares sagrados para muçulmanos e cristãos pertencem ao povo palestino. A Palestina simboliza a resistência que continuará até que a libertação esteja realizada, até que o retorno esteja completo e até que um Estado Palestino, totalmente soberano, esteja estabelecido tendo Jerusalém como sua capital.

Participaram também do ato o deputado Assis Melo (PCdoB-RS) e Erika Kokai (PT-DF), Ana Maria Prestes, representando o Secretariado de Relações Internacionais do PCdoB, o embaixador da Bolívia, senhor Franco, a vice-presidente nacional da União Nacional dos Estudantes (UNE), Luiza Calvetti, e a ex-senadora e representante do Fórum de Mulheres do Mercosul, Emília Fernandes.