Parlamentares e representantes dos movimentos sociais, centrais sindicais e sociedade civil se reuniram nesta segunda-feira (10), no Senado Federal, com um objetivo: fortalecer a rede nacional pelas Diretas Já. Para tanto, os participantes foram taxativos na necessidade de ampliar o movimento pelo Brasil com atos pró eleições diretas.

“O lançamento dos comitês regionais é essencial nessa nossa luta para dar amplitude ao movimento. Não queremos interinidade. Queremos que o poder de decisão seja dado ao povo”, defendeu a líder comunista, Alice Portugal (BA).

Para o coordenador da Frente, senador João Capiberibe (PSB-AP), o novo cenário político reforça a necessidade de fortalecimento pelas Diretas. “Temer está com os dias contados na Presidência e precisamos, principalmente, unificar o movimento pelas Diretas Já por meio de uma rede nacional de informações. A ideia é construir um acompanhamento por todos os estados, ter atos e comitês pelo Brasil todo. Temos um ato dia 21 de julho na Paraíba, outro ainda esse mês, no Ceará, e dia 19 de agosto em Goiânia”, informou.

Edson Carneiro, o índio, da Frente Povo Sem Medo, falou “que com o agravamento da crise, o povo brasileiro não vai aceitar a imposição de Rodrigo Maia. Não existe saída para a crise que não seja pelas urnas”.

Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara deu mais um passo rumo à queda de Temer. O relator da denúncia contra o presidente golpista deu parecer favorável ao andamento do processo. Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o relatório pelo acatamento da denúncia da PGR pode dar uma virada no jogo político. “Nós precisamos focar na questão democrática, mas não podemos desconsiderar a agenda. Na interinidade, Maia pode tocar as reformas de Temer. Então, é urgente jogar luz e consolidar a Frente e o movimento pelas Diretas”, disse.

Vicente Selistre, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), afirmou que este é o momento de unir forças de todos os movimentos sociais, centrais sindicais e sociedade, em busca das Diretas.

Para tanto, o grupo criou uma secretaria-executiva da Frente pelas Diretas Já. A primeira reunião vai acontecer nesta quinta-feira (13), na liderança do PSB, para dar encaminhamentos sobre o resultado da reunião. Essa secretaria ficará sob a coordenação do PSB, mas com representantes de várias lideranças políticas.

Também estiveram presentes as senadoras Lídice da Mata (PSB-BA), Gleise Hoffmann (PT-PR) e Fátima Bezerra (PT-RN), os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Jorge Viana (PT-AC), os deputados Enio Verri (PT-PR), Henrique Fontana (PT-RS), Glauber Braga (PSOL-RJ), Wadih Damous (PT-RJ), e as deputadas Janete Capiberibe (PSB-AP), e Zenaide Maia (PR-RN), além do ex-presidente do PSB, Roberto Amaral. Entre centrais e movimentos sociais, a Intersindical, a Auditoria Cidadã, o MAS, a Associação Vocação, o MST, a NCST; o SITRAEMG, a CUT, a Frente Brasil Popular, o MNCCD, a Frente Povo Sem Medo, o Conselho Federal de Economia, o INAÔ e o Movimento Camponês Popular.

*Com informações da Frente pelas Diretas Já.