A greve dos petroleiros entra nesta terça-feira (18) em seu 18º dia, com 21 mil trabalhadores mobilizados em mais de 120 unidades do Sistema Petrobras.

A força desse movimento histórico está na unidade da categoria que resolveu enfrentar a decisão monocrática do ministro Ives Gandra Martins, do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que declarou a greve “abusiva e ilegal”.

Os petroleiros resolveram dar continuidade ao movimento e recorrer da decisão de Gandra. Na greve de novembro do ano passado, quando o mesmo ministro decidiu isoladamente definir como ilegal a greve dos petroleiros, ele foi derrotado por seus pares na Seção de Dissídio Coletivo (SDC) do TST.

No Congresso Nacional, parlamentares da Oposição ao governo entreguista de Bolsonaro encorajaram os trabalhadores a resistirem ao processo de destruição de um dos maiores patrimônios do povo brasileiro.

“A declaração de ilegalidade na greve dos petroleiros e a multa surreal de 500 mil ao dia é, na prática, a revogação do direito de greve dos trabalhadores. Nossa solidariedade à resistência altiva dos petroleiros e da FUP”, disse o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

A vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Alice Portugal (PCdoB-BA), avaliou o movimento como um dos mais importantes nos últimos tempos.

“Todo nosso apoio à greve dos petroleiros. É a maior greve da categoria dos últimos 10 anos. Vamos juntos lutar contra o desmonte da Petrobras promovido por Bolsonaro e em defesa da soberania nacional”, afirmou a líder.