De acordo com o requerimento, o aprofundamento do debate sobre a iniciativa do governo Bolsonaro se faz necessário, na medida em que o programa foi construído sem a participação dos reitores, que são os representantes legítimos das universidades públicas.

Lançado pelo MEC dia 17 de julho, com o propósito de ampliar a participação de verbas privadas no orçamento universitário, o Programa Future-se tem recebido críticas de amplos setores da sociedade e da comunidade acadêmica.

“Diante da retirada das universidades federais de todo o processo de construção de um programa que afetará diretamente todas elas, a Comissão de Educação da Câmara tem o dever de chamar para si este debate e promover ampla e democrática discussão sobre o assunto que interessa a toda sociedade”, pontua Alice Portugal.

Outra preocupação é que a proposta do MEC ocorre em meio ao contingenciamento de verbas das universidades pelo governo federal.

A parlamentar solicitou que sejam convidados para a audiência o ministro da Educação, Abraham Weintraub; o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), João Carlos Salles Pires da Silva; o presidente da União Nacional dos Estudantes, Yago Montalvão; além de representantes de professores.