O Plenário da Câmara dos Deputados parou por um minuto nesta quarta-feira (13) em homenagem às vítimas da escola paulista de Suzano (SP). Em respeito e solidariedade às famílias, a sessão foi encerrada logo após por decisão do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Parlamentares comentaram a ação dos atiradores em Plenário, mas o que mais chamou a atenção foi o silêncio do presidente da República, Jair Bolsonaro, que só viria se manifestar às 16h.

“Até agora, um silêncio sepulcral de Bolsonaro sobre a tragédia. Um silêncio que grita”, disse o líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (SP), ao prestar solidariedade às vítimas.

A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), também questionou a postura de Bolsonaro. “São 14h56 e até agora o presidente do Brasil não se manifestou sobre a chacina em Suzano. Horas e horas sem solidariedade, sem compaixão, sem nada. Bolsonaro só sai de seu silêncio para suas tolices de sempre. Desrespeito, despreparo e incapacidade”, afirmou a parlamentar.

Jandira Feghali indagou ainda sobre a quem interessa um país dividido pelo ódio e armado. “Quantas tragédias mais teremos que viver? Quando haverá paz para as famílias destroçadas pela violência? Armas não são a solução”, disse a deputada.

Horas depois da tragédia, após pressão do Congresso, o presidente se manifestaria: “Presto minhas condolências aos familiares das vítimas do desumano atentado ocorrido hoje na Escola Professor Raul Brasil, em Suzano, São Paulo. Uma monstruosidade e covardia sem tamanho. Que Deus conforte o coração de todos”, disse por meio de um tuite.