Nesta quarta-feira (31), por ocasião dos 57 anos do golpe militar, o PCdoB, por meio de sua presidência, assina nota conjunta com demais partidos que formam a  oposição ao governo de Jair Bolsonaro.

O documento — assinado também por PSB, PDT, PT, PSol, Rede e UP — aponta que Jair Bolsonaro ocupa-se “de articular seus delírios autoritários, em lugar de assumir o papel de mais alto servidor público da Nação e, frente a essa missão, coordenar esforços nacionais, irmanado com governadores e prefeitos, no sentido de fazer face à gravíssima crise sanitária que o país enfrenta há mais de um ano”.

Oposição: rechaçar qualquer tentativa de restrição à democracia

Hoje completam-se 57 anos do golpe de Estado, que abriu as portas para a ditadura militar que perdurou mais de 20 anos e que deixou sequelas profundas na história do país, nas vidas de pessoas e famílias, de democratas, a imensa maioria deles preocupados simplesmente em assegurar a preservação do Estado de direito, em lugar do autoritarismo.

Não se pode negar que vivamos hoje desafios assemelhados, com a democracia correndo riscos sérios e objetivos, diante da escalada de um governo de pretensões claramente autoritárias, que não esconde tal intento de ninguém, e que tem se valido metodicamente de tentativas de cooptar tanto setores das polícias militares, quanto das próprias forças armadas, para implementar seu projeto político.

Evidentemente os democratas nada têm a celebrar nos dias 31/03, embora reconheçamos que as Forças Armadas e suas principais lideranças têm se atido ao papel institucional que a Constituição Federal consignou a elas. Trata-se, sem dúvidas, de uma evolução civilizatória, que o presidente da República e seu atual Ministro da Defesa se negam a reconhecer, porque jamais superaram o 31 de março de 1964.

Jair Bolsonaro ocupa-se, neste sentido, de articular seus delírios autoritários, em lugar de assumir o papel de mais alto servidor público da Nação e, frente a essa missão, coordenar esforços nacionais, irmanado com governadores e prefeitos, no sentido de fazer face à gravíssima crise sanitária que o país enfrenta há mais de um ano.

O presidente destoa do povo, que precisa de saúde; de desempregados, que buscam o pão de cada dia; de famílias, que sofrem seus mortos pela Covid; de miseráveis, que tentam sobreviver à fome; das instituições, que desejam democracia e não um regime de força, que só faria perpetuar a desgraça em que vivemos atualmente.

Conclamamos o povo brasileiro a rechaçar qualquer tentativa de restrição da democracia.

Fora arbítrio, xô autoritarismo e viva o Brasil!

Brasília, 31 de março de 2021


Carlos Siqueira
Presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro – PSB

Carlos Lupi
Presidente Nacional do Partido Democrático Trabalhista – PDT

Gleisi Hoffmann
Presidenta Nacional do Partido dos Trabalhadores – PT

Juliano Medeiros
Presidente Nacional do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL

Luciana Santos
Presidenta Nacional do Partido Comunista do Brasil – PCdoB

Heloísa Helena
Porta-Voz Nacional da Rede Sustentabilidade

Leonardo Péricles
Unidade Popular Pelo Socialismo – UP

Wesley Diógenes
Porta-Voz Nacional da Rede Sustentabilidade