Deputadas do PCdoB voltaram a cobrar esta semana a votação da Medida Provisória (MP) 1000/2020, que prorroga o auxílio emergencial até dezembro. No entanto, diferentemente do que propõe o governo Bolsonaro – que reduziu o benefício para R$ 300 –, os parlamentares querem a manutenção do valor em R$ 600.

“Nós votamos aqui a ajuda emergencial de R$ 600, podendo chegar até R$ 1.200 para as mães com crianças pequenas, mesmo contra a vontade de Bolsonaro. Agora, o presidente quer exatamente cortar pela metade o auxílio emergencial. Eu quero pedir que a Câmara dos Deputados paute a Medida Provisória nº 1000, para que façamos a discussão, derrubemos esse corte que o Bolsonaro está fazendo no Bolsa Família. Vamos manter os R$ 600, porque para isso há recurso”, defendeu a líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (AC), em discurso no Plenário nesta terça-feira (22).

Nas redes sócias, as deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) reforçaram a cobrança pela votação da matéria.

“O Parlamento precisa votar urgentemente a MP 1000 e ampliar o valor do auxílio emergencial de R$ 300 para R$ 600. Quem tem fome tem pressa”, destacou Alice.

“Não aceitaremos nenhum centavo a menos”, reforçou Jandira Feghali. “De maneira injustificada e até desumana, o benefício original, de R$ 600, foi reduzido para R$ 300. Entendemos que foi uma grande conquista do Parlamento conseguir que o valor proposto pelo governo, de apenas R$ 200, fosse fixado em R$ 600. Além de dobrar o valor para as famílias monoparentais. Essas conquistas tiveram repercussão direta na vida de milhões de brasileiros que contaram com este auxílio para sobreviver. Reduzir pela metade o valor trará graves e danosas consequências. Por isso, queremos recuperar o valor do auxílio. É uma forma de evitar que milhares de famílias fiquem desassistidas neste grave momento de crise sanitária e econômica”, completou a parlamentar.

A MP recebeu 262 propostas de alteração do texto. A maior parte delas para retomar o valor de R$ 600 que estava sendo disponibilizado aos trabalhadores.