Novas mensagens publicadas nesta terça-feira (27) pelo The Intercept Brasil em parceria com o UOL revelam que integrantes da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, ironizaram a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia e o luto do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os diálogos também mostram que procuradores divergiram sobre o pedido de Lula para ir ao enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em janeiro passado – quando o ex-presidente já se encontrava preso – e que temiam manifestações políticas em favor de Lula.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), diz que as atitudes são injustificáveis. “Meu profundo repúdio às ironias acerca de mortes e tragédias na família do ex-presidente Lula ou de qualquer outra pessoa. Nada justifica tanto ódio. Deveriam ter a dignidade de pedir desculpas à família. É o mínimo”, afirmou.

“O pior e mais fiel retrato do que se tornou a Lava Jato foi revelado hoje. Um conluio político alimentado por muito ódio, desrespeito, boçalidade, falta de humanidade. Dá nojo e faz pensar sobre os procuradores: ‘que tipo de gente é essa?’, afirmou o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que são pessoas que “perderam completamente o sentido de humanidade, a empatia, a capacidade de pensar na dor alheia”. “É repugnante!”, protestou.

Confira a íntegra dos diálogos.