Um dia após a renúncia coletiva dos comandantes das Forças Armadas, o novo ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, anunciou nesta quarta-feira (31), os substitutos. No Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, no lugar de Edson Pujol; na Marinha, o almirante de esquadra Almir Garnier Santos, no lugar Ilques Barbosa; e na Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Junior, no lugar de Antônio Carlos Moretti Bermudez.

Os antecessores deixaram o governo depois da demissão do então ministro da Defesa Fernando Azevedo. Até então, Braga Netto chefiava a Casa Civil. Na saída coletiva, os ex-comandantes reafirmaram o compromisso constitucional das Forças Armadas com o Estado brasileiro. Bolsonaro até então vinha cobrando manifestações políticas favoráveis a interesses do governo e apoio à ideia de decretar Estado de defesa para impedir o fechamento das atividades não essenciais pelo país.

Para a vice-líder do PCdoB, deputada Perpétua Almeida (AC), os novos comandantes têm o dever de manter as Forças Armadas como instituições de Estado.

“Após tentativa do presidente Bolsonaro de tumultuar a vida nacional, demitindo o ministro da Defesa e os comandantes das FAs, por cumprirem a Constituição, temos novos comandantes: general Paulo Sérgio, almirante Almir Garnier e brigadeiro Baptista Jr. Conheço-os como homens de grande espírito público, que terão o desafio de manter as FAs como instituições de Estado, a serviço do Brasil, e não do governo. Precisam atuar no sentido oposto do que faz Bolsonaro e garantir a unidade nacional para vencer os desafios da Covid”, pontuou.