Parlamentares da Oposição foram à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira (12) pedir a Augusto Aras a federalização das investigações do assassinato de Marcelo Arruda, dirigente do PT, em sua festa de aniversário, por um apoiador de Bolsonaro. O caso aconteceu no último fim de semana, em Foz do Iguaçu (PR).

No rol dos pedidos para conter o avanço da violência política que assola o país, os líderes também cobraram que Bolsonaro seja investigado por incitação a crimes de ódio e violência política. As representações foram assinadas pelo PCdoB, PT, PSB, PV, PSol e Rede.

“Nossa expectativa é que a PGR cumpra o que lhe cabe. As atribuições que lhe são conferidas pela Constituição para que se contenha essa escalada de violência em nosso país e garanta tranquilidade no processo eleitoral”, destacou o líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE), em coletiva concedida ao final do encontro.

Segundo os líderes, Aras não garantiu a federalização do caso de Marcelo Arruda e se omitiu em relação às investigações de Bolsonaro.

“Ele nos disse que vai aguardar o inquérito lá no Paraná para decidir sobre a federalização do caso. Mas não descartou. Além disso, abordamos sobre essa onda de incitação ao ódio e pedimos a investigação do presidente por comandar essas ações. Esperamos que haja investigação desse submundo que se organiza na internet. Abrimos um diálogo sintonizado com esse entendimento. Os Poderes não podem ficar inertes diante desses acontecimentos”, afirmou o líder do PSB, Bira do Pindaré (MA).