Na próxima quarta-feira (15), milhares de militantes chegarão à Brasília para acompanhar a homologação da candidatura à Presidência da República de Luiz Inácio Lula da Silva. A Marcha Nacional Lula Livre, convocada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), conta com apoio de entidades que compõem a Frente Brasil Popular, centrais sindicais e de parlamentares de diferentes partidos. Nesta quarta (8), durante café da manhã de lançamento do ato na Câmara dos Deputados, o PCdoB reafirmou sua adesão ao movimento.

“Nossa bancada e nosso partido se somam à construção dessa marcha. Nossa visão é de que Lula é um preso político e por isso nós defendemos Lula Livre. O crime do Lula é amar o Brasil, o povo, dedicar sua vida e trajetória para que nossa gente tenha direitos e o Brasil tenha independência e soberania. Por isso, a posição do PCdoB foi e é a defesa de sua liberdade. Consideramos que é uma violência gravíssima à democracia brasileira ter o maior líder operário do país preso após um julgamento injusto. Lula está preso para não ganhar as eleições. Foi isso que a burguesia do Brasil fez. Por isso nossa luta é importante. Nossa luta é pela retomada de um projeto político do campo popular, onde mostramos que é possível construir um Brasil para os brasileiros. Vamos mobilizar a militância e lideranças do PCdoB para nos somarmos desde já à marcha”, afirmou o líder da bancada comunista, Orlando Silva (SP), durante o ato.

Preso de forma indevida em Curitiba desde abril deste ano, Lula é o primeiro colocado nas pesquisas e tentará até o último minuto concorrer às eleições de 2018. Para a vice-líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), a marcha será um momento extraordinário, de demonstração de carinho e força ao ex-presidente. “Nenhuma campanha terá esta largada. A marcha terá a denúncia sobre o que está acontecendo e apelo por melhorias a este país”, comentou.

Segundo Alexandre Conceição, da coordenação Nacional do MST, a marcha visa chamar a atenção da população para a grave crise econômica e política que o Brasil atravessa e tem um sentido pedagógico. “A marcha ganha esse caráter de ser uma marcha da classe trabalhadora para lutar contra as retiradas de direitos, mas principalmente para a retomada da democracia. Não há democracia com Lula preso”, afirmou.

Serão 50 quilômetros de caminhada em cinco dias. Os manifestantes sairão de três cidades – Formosa (GO), Luziânia (GO) e Engenho das Lages (DF) – no dia 10 de agosto em direção à capital federal. Em cada parada feita pelos manifestantes, uma programação com rodas de conversa, teatro e intervenções de agitação e propaganda serão feitas a fim de levar à população o debate sobre a democracia.

A chegada em Brasília acontece no dia 15 de agosto, último dia para o registro das candidaturas. A previsão é de que aconteça um grande ato organizado por entidades e partidos de esquerda em frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Também participaram do ato, realizado na liderança do PT na Câmara, as deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA), Jô Moraes (PCdoB-MG), os petistas Paulo Pimenta (RS), Wadih Damous (RJ), Nilto Tatto (SP), Adelmo Carneiro Leão (MG), Afonso Florence (BA), Benedita da Silva (RJ), Bohn Gass (RS), Celso Pansera (RJ), Ênio Verri (PR), Érika Kokay (DF), Helder Salomão (ES), João Daniel (SE), José Airton Cirilo (CE), José Mentor (SP), Luiz Sérgio (RJ), Margarida Salomão (MG), Patrus Ananias (MG), Paulão (AL), Paulo Teixeira 9SP), Ságuas Moraes (MT), Zé Geraldo (PA), Zeca Dirceu (PR), os senadores Lindhberg Farias (PT-RJ), Fátima Bezerra (PT-RN) e Capiberibe (PSB-AP).