Um estudo divulgado recentemente pelo Instituto Lowy em Sydney, na Austrália, aponta que o Brasil está na lanterna em relação a outros países no combate à pandemia de Covid-19.

O ranking examinou os dados disponibilizados por 98 países durante 36 semanas, considerando sempre como data de início a confirmação do 100º caso da doença em cada nação.

"O Brasil é o pior país do mundo no combate ao coronavírus", observou o deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE). Em suas redes sociais, o parlamentar lamentou que o descaso do governo federal no enfrentamento do avanço da disseminação do vírus já tenha causado a perda de mais de 220 mil vidas entre os brasileiros.

Segundo a fundação de pesquisa da Austrália, apesar da pandemia do novo coronavírus ter tido origem na China, foram os países da Ásia e do Pacífico que tiveram mais sucesso em conter o surto da doença. O melhor desempenho foi o da Nova Zelândia, que agiu com rigor desde o início do surto e conseguiu manter o seu total de casos acumulados em 2.300, incluindo 25 mortes.

Enquanto isso, a circulação do Sars-Cov-2 só acelerou na maior parte da América, com destaque para EUA e Brasil. O relatório acentua a posição dos dirigentes políticos nos dois países com maior número de casos e mortes, especificamente o ex-presidente Donald Trump e Jair Bolsonaro, que minimizaram a ameaça da covid, não incentivaram o uso de máscaras e não adotaram medidas efetivas de bloqueio e distanciamento social.

Renildo lembra que, com a falta de uma política eficaz de combate ao coronavírus, o Brasil voltou a registrar uma média móvel de mil mortes por dia. "É preciso salvar o país das mãos desse governo omisso", escreveu no Twitter.

De acordo com a pesquisa, em uma escala que vai de zero a 100, a Nova Zelândia aparece na primeira posição com uma pontuação de 94,4 pontos, seguida do Vietnã (90,8), Taiwan (86,4), Tailândia (84,2), Chipre (83,3), Ruanda (80,8), Islândia (80,1), Austrália (77,9), Letônia (77,5) e Sri Lanka (76,8).

Para chegar a essa classificação, os pesquisadores levaram em conta o número total de casos confirmados; número total de mortes confirmadas; número de casos confirmados a cada um milhão de habitantes; número de mortes confirmadas a cada um milhão de habitantes; proporção entre número de casos confirmados e testes realizados; e número de testes realizados a cada mil habitantes.