O domingo (28) foi marcado por atos contra o governo de Jair Bolsonaro. Partidos de oposição e manifestantes contrários à política genocida do governo federal promoveram atos nas redes sociais e em mais de 20 países para denunciar a ameaça à democracia brasileira, assim como a falta de uma resposta efetiva por parte do governo à pandemia de coronavírus – que já vitimou mais de 57 mil brasileiros. Em Brasília, um grupo fez um ato simbólico em homenagem às vítimas da Covid-19.

Em publicações nas redes sociais, os manifestantes contrários a Bolsonaro afirmam que o presidente tem posto a democracia em risco com suas declarações e não tem atuado de forma efetiva a combater a pandemia do coronavírus no Brasil. Há também críticas à aproximação de Bolsonaro com o Centrão em busca de apoio no Parlamento em troca de cargos.

O Stop Bolsonaro foi promovido por partidos como o PT e o PCdoB, além de movimentos sociais como o MST, sindicatos como a CUT, entre outras entidades e coletivos. As hashtags #StopBolsonaro e #StopBolsonaroMundial chegaram a ficar entre os assuntos mais comentados no Twitter no Brasil na manhã deste domingo.

Parlamentares do PCdoB participaram do ato e se manifestaram nas redes sociais. A líder da legenda, deputada Perpétua Almeida (AC), afirmou que para além da pandemia, o Brasil possui um governo que trouxe uma “onda de obscurantismo e negação da ciência”. “Nesse governo, o presidente estimula o ódio, a intolerância, o racismo e a discriminação contra as mulheres. Desmonta todas as políticas de enfretamento da violência contra a mulher e qual o resultado disso? O crescimento do feminicídio. Bolsonaro é incapaz de se colocar no lugar da dor do outro. É preciso dizer chega”, enfatizou.

Vice-líder da legenda, o deputado Márcio Jerry (MA) destacou que o “clamor” pelo fim deste governo ecoa pelo mundo. “#StopBolsonaroMundial. O Brasil é muito forte e belo, não merece isso, não merece passar por tantos vexames e tamanha crise”, disse.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) também participou do ato. Para ela, a repercussão do protesto em 70 cidades e mais de 20 países coloca para o mundo a realidade vivida Brasil hoje. “Quando Dilma sofreu o impeachment, sem nenhum crime, vimos as cores da liberdade sendo esmaecidas em nosso país. Resistimos aos anos nefastos de Michel Temer. Vimos direitos sendo retrocedidos. E chegamos a este governo, com os eleitores de Bolsonaro sendo induzidos ao erro nas eleições, marcadas por fake News. Mas as pesquisas mostram que o povo já não aceita Bolsonaro, somos 70% da população, e a população não quer mais sua forma de governar, sobretudo agora, no momento em que devia estar defendendo as vidas”, disse a parlamentar.

Já a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) enfatizou a importância da manutenção do movimento para a efetivação do fim do governo de Bolsonaro. “Esse grito para parar Bolsonaro iniciou com mulheres e se soma às nossas vozes agora. Não é mais possível termos um governo que despreza a vida, debocha das mortes, que não consegue respeitar a democracia e muito menos a nossa liberdade. É nessa força que todos precisam se somar para que a gente consiga virar a realidade do comando do governo brasileiro. Esse movimento não pode parar para que a gente tenha soluções concretas. Já somos maioria nas pesquisas, na sociedade, mas isso precisa se desdobrar em algo concreto. Precisamos parar Bolsonaro”, destacou.