A desigualdade de renda dos brasileiros atingiu o maior patamar já registrado no primeiro trimestre de 2019. Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), o índice que mede a desigualdade vem subindo consecutivamente desde 2015, e atingiu em março o maior patamar desde o começo da série histórica, em 2012.

O indicador estudado pela pesquisa é o índice de Gini, que monitora a desigualdade de renda em uma escala de 0 a 1 – sendo que, quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade. O do Brasil ficou em 0,6257 em março.

Para o deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), os dados da pesquisa indicam que “o desgoverno de Bolsonaro vai de mal a pior”, visto que até o momento, nenhuma medida adotada pelo governo visa geração de emprego e renda e melhoria nas condições de vida e trabalho dos brasileiros.

“As pessoas deixam de consumir, a economia fica instável e os mais pobres sofrem com menos empregos”, pontuou.

A pesquisa também demonstra que as pessoas que ganham menos sofreram mais os efeitos da crise que os que possuem renda maior. Além disso, os mais pobres estão demorando mais para se recuperar na comparação com os mais ricos.

Os números que revelam isso são os da variação da renda média acumulada pelos 10% mais ricos da população e os 40% mais pobres: antes da crise, os mais ricos tiveram aumento de 5% da renda acumulada; os mais pobres, de 10%; após a crise, os mais ricos tiveram aumento de 3,3% da renda acumulada; os mais pobres, queda de mais de 20%; em 7 anos, a renda acumulada dos mais ricos aumentou 8,5%; a dos mais pobres caiu 14%.

*Com agências