A mensagem de Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional esta semana foi considerada “eleitoreira” por integrantes do Legislativo. O deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) afirmou que os parlamentares esperavam conhecer as principais ações do governo que se inicia. Ainda segundo o deputado maranhense, foram poucos projetos concretos apresentados efetivamente pelo presidente. “E aquilo que apresenta, ainda é muito ruim, como por exemplo, a defesa de uma aposentadoria individual em uma nova Reforma da Previdência. Aparentemente algo pior do que Michel Temer propôs na gestão passada”, afirmou Rubens Jr.

Na avaliação da deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP), Bolsonaro demorou para apresentar suas propostas, e o esboço da Reforma da Previdência é “devastador”. “Querem impor uma reforma que, além de não atacar os privilégios de determinados setores, mais uma vez, é conduzida por uma lógica de sacrifício imposto apenas aos trabalhadores brasileiros, notadamente aqueles mais pobres.

Segundo a deputada do Amapá, a exigência de idade mínima de 65 anos e de 40 anos de contribuição “é uma medida cínica e cruel em país em que os brasileiros mais pobres já se submetem a formas sacrificantes de trabalho e têm comprometida a sua saúde e capacidade de trabalho ao longo de sua vida, lutando arduamente por sua sobrevivência”.

Em seu primeiro pronunciamento como deputado federal, Márcio Jerry (PCdoB-MA) também criticou as ideias iniciais do governo Bolsonaro. “Querem fazer reformas mexendo exatamente nos que mais precisam de proteção do Estado e da ampliação de políticas públicas. Temos de discutir o direito à Previdência, não subtraindo daqueles que já têm muito pouco. É preciso fazer com que a elite financeira e o sistema financeiro, aqueles que muito têm, possam colaborar para que tenhamos uma previdência justa”, avaliou Jerry.