À medida que cresce a percepção negativa dos brasileiros sobre Michel Temer, vai se formando a certeza de que é preciso encerrar o governo interino o mais rápido possível para impedir retrocessos irreversíveis no Brasil.

Institutos de pesquisa de opinião apontam o aumento da desaprovação de Temer que chegou a 70% nesta semana, conforme o Ipsos Public Affairs. Cidadãos que fizeram manifestações de boa fé contra a corrupção começam a ver o que a Bancada do PCdoB já havia identificado: o objetivo do golpe contra o mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff sempre foi impedir as investigações da Lava Jato.

O fato mais recente que comprova esta tese foi o encontro do interino com o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para discutir a sucessão na presidência da Câmara. Sem pudor, o interino busca o aval do homem que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por desvios na Petrobras. É mais um indicador do golpe que visa proteger corruptos no poder.

O plano de Cunha é emplacar um nome do chamado Centrão para preservar o seu controle sobre a Câmara e salvar o próprio mandato, mantendo esquemas espúrios em conluio com o Palácio do Planalto.

O cenário na política nacional é inaceitável. Contraria o clamor das ruas. Por outro lado, os cidadãos estão sendo gravemente ameaçados com perda de direitos sociais e trabalhistas.

Além de favorecer a corrupção, Temer tenta implementar uma nova política de estado com viés neoliberal, com mudanças absurdas, como o aumento da idade mínima de aposentadoria para 70 anos.

Não faltam razões para batalharmos em todos os campos para acabarmos com esta interinidade. Que seja breve!