O Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-China da Câmara dos Deputados divulgou nota, na terça-feira (10), criticando a recente aprovação pela Comissão Executiva do Congresso dos Estados Unidos (CECC) de uma Lei de Direitos Humanos e Democracia em Hong Kong.

Os congressistas brasileiros manifestaram “sua discordância e contrariedade” ante o fato de que, desse modo, o parlamento dos EUA “interfere em assuntos internos da China e promove violação do Direito Internacional”, principalmente após os dirigentes chineses terem declarado “sua oposição firme e enérgica à aprovação do referido projeto de lei”.

“Não se deve, em absoluto, interferir na política interna chinesa”, afirma o documento, assinado pelo líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-China.

Segundo o texto, o papel das nações amigas da China deveria ser de trabalhar pela prosperidade de Hong Kong, “com o fim da violência e do caos dos últimos meses e pleno restabelecimento da ordem”, respeitando a política chinesa de “um país, dois sistemas”.

“Parlamentos de grandes democracias, como do Brasil e dos EUA, precisam atuar para salvaguardar os princípios de soberania, segurança e desenvolvimento de qualquer país, dentro de um sistema de relações internacionais que seja saudável e que promova a convivência pacífica”, conclui o documento.