A proposta apresentada por Bolsonaro para diminuir os preços dos combustíveis é mais uma ação eleitoreira dele para torrar dinheiro com a venda da Eletrobras na sua campanha. A ideia é ressarcir a perda de arrecadação dos estados e Distrito Federal que concordarem com o teto de 17% para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos produtos.

Para isso é preciso aprovar o projeto de lei que estabelece a alíquota máxima do ICMS e o governo se compromete a ressarcir até os estados que zerarem a cobrança do imposto.

Pelos cálculos do ministro da Economia, Paulo Guedes, a compensação custará aos cofres do tesouro entre R$ 25 bilhões ou R$ 50 bilhões, recursos que podem sair da venda da Eletrobras.

Trata-se de uma medida que não altera em nada o Preço de Paridade de Importação (PPI) por meio do qual os valores dos combustíveis estão atrelados ao dólar.

O vice-líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (SP), considerou uma proposta eleitoreira e desastrosa do ponto de vista econômico.

“O ministro da Economia não faz ideia do tamanho da bomba atômica fiscal contida nessa proposta eleitoreira dos combustíveis. Perguntado, saiu-se com essa pérola Paulo Guedes de precisão: ‘Ah, entre 25 e 50 bilhões’. Vai você errar a conta em 100% no seu trabalho. Demissão já!”, postou no Twitter.