Em entrevista à CNN Brasil, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) lembrou que o governo Bolsonaro “fez de tudo para não pagar” o auxílio emergencial para os informais e desempregados durante a pandemia de coronavírus. Além disso, o governo defendia um valor menor para o benefício, de R$ 200 ou R$ 300.

Bolsonaro, que tem adotado uma postura menos beligerante por conta dos avanços das investigações contra seus aliados e familiares, fez uma publicação neste domingo (12) em suas redes sociais, dizendo que a situação do país só não está pior por causa das ações do governo como o socorro às pequenas e médias empresas e o pagamento do auxílio emergencial.

Orlando Silva disse que o governo toma para si um mérito do Congresso. Segundo o deputado, a postagem de Bolsonaro pode ser enquadrada com ‘uma espécie de fake news’.

“O auxílio foi uma proposta apresentada pelo Congresso e encaminhada ao Executivo, que fez de tudo para não pagar”, disse o deputado. “O [ministro da Economia] Paulo Guedes chegou a anunciar que ia reduzir para R$ 200 ou R$ 300 e o presidente Bolsonaro não apresentou propostas para apoiar estados e municípios. 90% [das ações para reduzir o impacto da pandemia] foi iniciativa do Parlamento brasileiro”, lembrou.

Interino na Saúde

O deputado também destacou que em meio à pandemia, que já conta com mais de 70 mil brasileiros mortos, o governo federal só atrapalha. “Bolsonaro é um estorvo para o Brasil”, disse. Ele criticou a falta de um ministro titular na pasta da Saúde, assim como a utilização da cloroquina no combate à Covid-19.

Para o deputado do PCdoB, a utilização do medicamento é “gravíssima”. “Não há prova científica de que a cloroquina serve para combater o coronavírus (…) Bolsonaro induz as pessoas a tomar uma droga que não tem comprovação da ciência e pessoas estão perdendo a vida por conta disso”, criticou.