Brasília, quarta-feira, 17 de julho de 2019 - 17:8 | Atualizado em: 23 de julho de 2019 - 20:6
POLÍTICA
‘Future-se’ amplia privatização do ensino, dizem parlamentares
Por: Da Redação | Edição: Walter Félix
O presidente da União Nacional dos Estudantes, Iago Montalvão, aproveitou o lançamento do programa de gestão universitária "Future-se", para protestar contra o corte de verbas da Educação. O estudante interrompeu a fala do ministro Abraham Weintraub e cobrou os recursos do setor, bloqueados pelo governo federal no início do ano.

"Ministro, cadê o dinheiro da Educação? O problema hoje é que a universidade não tem dinheiro para funcionar. Muitos estudantes estão desesperados porque não têm dinheiro para fazer pesquisa. Precisamos debater como devolver o dinheiro do contingenciamento", disse.
Iago Montalvão prosseguiu: "Como pensar projeto de futuro se no presente as universidades não funcionam? Nós precisamos de ajuda. Precisamos urgentemente de retomar os investimentos na universidade".
O projeto “Future-se”, lançado pelo governo Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (17), visa a reestruturação do financiamento do ensino superior público, ampliando a participação de verbas privadas no orçamento universitário.
Para o líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), a proposta lançada pelo ministro reforça a postura da sua gestão que tem sido de tratar a Educação como mercadoria, “além de isentar o governo de um dos seus principais deveres: investir na educação”.
“Na tentativa de Justificar os cortes feitos na educação, o programa criado pelo governo busca expandir a participação de verbas privadas no orçamento universitário, colocando em risco a autonomia das universidades”, afirmou o líder comunista em sua conta no Twitter.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria na Câmara, avaliou que o projeto do governo é se descomprometer com o ensino. Com o “Future-se”, as instituições poderão fazer parcerias público-privadas (PPP's), ceder prédios, criar fundos com doações e até vender nomes de campi e edifícios, como em estádios.
“Vende seu patrimônio, bota no mercado futuro, no mercado de ações. Ele (governo) se descompromete, cede a organizações sociais para terceirização da universidade. Ao que parece, toda a lógica de mercado vai prevalecer dentro desta universidade, que terá limitado o acesso e oportunidade à grande massa de jovens do país”, disse.
O vice-líder do partido, deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE), avaliou que ainda não está clara qual é a proposta do novo programa para o ensino superior. “Mas uma coisa é certa: futuro ideal seria investir em políticas para garantir educação pública de qualidade para todos”, afirmou.
Últimas notícias
Deputada cobra demissão de Weintraub do MEC
12/12 - 10:21 | POLÍTICA
Comunistas condenam privatização do saneamento
11/12 - 17:2 | POLÍTICA
“Moro expele arrogância e até ilegalidade ao negar audiência ao presidente da OAB”, diz deputado
11/12 - 16:54 | POLÍTICA
Bumba Meu Boi do Maranhão é eleito Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco
11/12 - 16:20 | POLÍTICA
Câmara lança campanha contra violência política de gênero
Notícias relacionadas
Comunistas condenam privatização do saneamento
11/12 - 16:20 | POLÍTICA
Câmara lança campanha contra violência política de gênero
11/12 - 15:24 | TRABALHO
Deputados querem devolução de MP que institui carteira verde e amarela
10/12 - 19:39 | POLÍTICA
Parlamentares condenam ingerência dos EUA em assuntos internos da China
10/12 - 16:51 | POLÍTICA
Fala de Bolsonaro sobre Greta repercute entre políticos