Deputados e senadores derrubaram nesta quarta-feira (13) veto do presidente Temer que liberava o autofinanciamento irrestrito às campanhas. O destaque apresentado pelo PCdoB foi aprovado por 302 a 12 pelos deputados e 43 a 6 pelos senadores. Com isso, vale o limite estipulado para pessoas físicas, ou seja, 10% dos seus rendimentos brutos no ano anterior.

A líder do PCdoB, deputada Alice Portugal (BA), comemorou o resultado. Para ela, com a derrubada do veto o Congresso conclui este processo. “Não era possível que os ricos continuassem organizando seus caixas de maneira tão desequilibrada. Era preciso garantir limites para equilibrar minimamente a disputa eleitoral”, defendeu.

Apesar de ter maioria em Plenário, o tema gerou polêmica antes da derradeira votação. Isso porque enquanto o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), presidia a sessão a votação foi encerrada à revelia dos parlamentares. Depois da cobrança de líderes, Ramalho voltou atrás.

“Não vamos aceitar essa manobra. Os parlamentares ainda estão orientando seus votos e suas bancadas. Não aceitaremos o encerramento da votação”, cobrou o líder do PSol, Glauber Braga (RJ).

Ao reabrir o pleito, parlamentares ultrapassaram o mínimo necessário e derrubaram o veto de Temer à proposta.